Com a
instauração da Ditadura Empresarial Militar brasileira, fortes mudanças ocorreram
nas instituições do país, sendo marcado pela rápida e forte opressão empregada
através dos aparelhos repressivos que foi ancorada, principalmente, pelo poder
coercitivo e pelo apoio de segmentos da elite brasileira.
Estas instituições têm como caraterística principal a prática da repressão
preventiva sobre aqueles que eram considerados contra o modelo de governo
vigente. Essa repressão, que era classificada como preventiva, tinha como
objetivo obter o controle e a vigilância da sociedade, e funcionava através de
um complexo sistema de estrutura hierárquica e coesa, cuja ações eram
coordenadas a partir de um núcleo central: O SNI (Serviço Nacional de
Informações), criado em 1964 e qual detinha a responsabilidade por diversos
outros órgãos. A estrutura do SNI se ramificando através das agências
regionais; das Divisões de Segurança e Informações (DSI), instaladas em cada
ministério civil; das Assessorias de Segurança e Informação (ASI), criadas em
cada órgão público.
Em 1967 houve uma restruturação e a criação de novas Instituições repressivas,
através da criação do Centro de Informações do Exército (CIE); O Centro de
Informações da Marinha (CENIMAR) e o Centro de Informações de Segurança da
Aeronáutica (CISA).
Em 1969 o sistema de coleta e análise de informações e de execução do aparelho
repressivo da Ditadura Empresarial Militar ampliou-se e se tornou mais
sofisticado. Principalmente pela criação da Operação Bandeirantes (OBAN), em
São Paulo, e que foi financiada por empresários. A OBAN era um organismo misto
formado por oficiais das três Forças e por policiais militares e civis e está
serviu de modelo para a criação em 1970 dos Centros de Operação e Defesa
Interna (CODI) e os Destacamentos de Operação Interna (DOI).