AÇÃO ENTRE AMIGOS
Em 1971, Miguel
(Rodrigo Brassalto), Paulo (Heberson Hoerbe), Elói (Sérgio Cavalcante) e
Osvaldo (Douglas Simon) participaram da luta armada contra a ditadura militar e
acabaram sendo presos quando tentavam assaltar um banco. Eles foram
barbaramente torturados, sendo que Lúcia (Melina Athís), a namorada de Miguel
que estava grávida, morreu quando seus algozes colocaram nela uma "coroa de
cristo" até estourar seu cérebro. Vinte e cinco anos depois, os quatro amigos
ainda se vêem e quando vão para uma pescaria Miguel (Zecarlos Machado) mostra
aos amigos uma foto de um encontro político em São Paulo, afirmando que uma das
pessoas fotografadas foi Correia (Leonardo Villar), o homem que os torturou por
meses. Inicialmente Paulo (Carlos Meceni), Elói (Cacá Amaral) e Osvaldo
(Genésio de Barros) contestam a afirmação do amigo, pois oficialmente Correia
morreu, mas a verdade é que ninguém viu o corpo e três anos depois a viúva de
Correia faleceu de câncer e, algum tempo depois, os restos mortais dela foram
transferidos para outro cemitério. Como não consta o nome de quem fez o pedido,
Miguel acredita que tenha sido Correia. Na cidade eles confirmam que o corpo
está lá, assim procuram um local de apostas, pois o torturador deles era um
viciado em qualquer tipo de jogo, e o acabam encontrando em uma rinha de galos.
Os quatro armam uma emboscada e seqüestram Correia, que inicialmente nega tudo,
mas após receber de Miguel um tiro na perna admite ser o torturador, mas revela
algo inimaginável: ele só os prendeu pelo simples fato de que entre eles
existia um delator.
Direção: Beto Brant
Drama, Brasil, 1998. 76 minutos